O
aumento que tanto impressiona o usuário ocasional de microscopia, não é o
parâmetro mais importante a considerar. Parece-nos, à primeira vista, que se
dispusessemos de instrumentos perfeitos poderíamos examinar uma amostra com
aumentos cada vez maiores, e perceber detalhes cada vez menores, até distinguir
os átomos, ou quem sabe, as partículas que os compõem.
Não
é isto o que ocorre: existe uma limitação física, relacionada com a radiação
utilizada, para a menor distância entre dois pontos que permite distingui-los
separadamente. A esta distancia chama-se ‘’limite de resolução’’, e um aumento
maior não revelará nenhum detalhe adicional da estrutura.
O
elemento fundamental para a formação de uma imagem ampliada é a lente. Seu
entendimento básico é pela chamada ótica geométrica, onde consideramos a luz
como constituida de raios, que obedecem às leis da reflexão e da refração. As
lentes comuns, baseadas em elementos esféricos, são no entanto sujeitas a
defeitos que independem da qualidade de sua fabricação, denominados de
aberrações. Dentre estas, as mais importantes são a aberração esférica e a
aberração cromática. A aberração esférica determina que raios axiais que
atravessam a lente próximos de seu eixo ótico são focalizadas em um ponto
diferente daquele dos raios que passam pela periferia. Este defeito é inerente
a uma lente esférica, e para uma lente isolada, só pode ser minimizado através
da diminuição de seu diâmetro, ou seja, utilizando apenas raios paraxiais. A
aberração cromática refere-se ao comportamento com luz branca, que, como
sabemos, é constituida da soma de todas as cores do espectro luminoso. A
distância focal de uma lente depende da cor da luz; e portanto raios de cores
diferentes serão focalizados em pontos diferentes.
Estes
defeitos se agravam à medida que usamos uma lente mais "forte", ou
seja, com maiores aumentos. Foi com o objetivo de minimizar esta dificuldade
que surgiu o microscópio composto, onde, pelo aumento sucessivo de duas lentes,
obtemos o mesmo aumento atingido por uma só lupa. A qualidade da imagem
fornecida pelo conjunto, por exemplo, de 5 X x 10 X será muito melhor do que a
obtida por uma lente de 50 X. Estas aberrações podem ser largamente controladas
caso utilizemos, ao invés de lentes simples, combinações de lentes de diversos
perfís e com vidros de diferentes índices de refração. Da mesma maneira que em
fotografia, dispomos para microscopia de lentes com complexidade, preço e
qualidade crescentes. Os mais importantes avanços foram obtidos no século XIX,
com as lentes acromáticas e apocromáticas.
Existe
outro comportamento da luz que não pode ser interpretado pelas leis da ótica
geométrica: é a difração, que exige que consideremos a luz como constituída de
ondas transversais que se propagam no espaço.
Durante
o século XIX , procurou-se aumentar o poder de resolução das lentes e dos
microscópios pela construção de lentes cada vez mais perfeitas, na suposição de
que isto levaria a aumentos crescentes, e supostamente, ilimitados.
Em
1880, Abbe demonstrou que na verdade a resolução de uma lente era limitada por
difração, dependendo de sua abertura e do comprimento de onda da luz, segundo:
d =
0.61 l / n . sen a
onde l
é o comprimento de onda da luz, n o índice de refração do meio, e a o ângulo de
abertura da lente. Este resultado pode ser considerado um dos mais importantes,
senão a fórmula fundamental da microscopia.
Para que haja formação de uma imagem,
precisamos também de‘’contraste’’. Denominamos de contraste a capacidade de
distinguir traços característicos da estrutura sobre o plano de fundo. Citando
Veríssimo, não podemos vem com clareza um‘’gato branco em campo de neve’’. Além
da simples absorção ou reflexão de energia pela amostra, existem vários outros
mecanismos de geração de contraste em microscopia.
Claro
que tudo o que vimos até agora resulta da interação entre a luz, objetos e
lentes, e portanto, com a matéria. No entanto, costuma-se estudar esta
interação de maneira mais geral, analizando o efeito de todo o espectro
eletromagnético sobre a matéria; e por razões que se tornarão aparentes mais
adiante, incluimos nest análise o efeito de um feixe de elétrons.
De
um modo geral, uma excitação incidente desencadeará na matéria uma resposta,
dita um sinal, que podemos adquirir por um sensor adequado. No caso especial de
ocorrer a excitação por um feixe de elétrons acelerados, verifica-se a
ocorrencia de múltiplos sinais.
Dois
exemplos são bem conhecidos por todos: a imagem luminosa de um tubo de
televisão e a radiação emanante de um tubo de raio-x.
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