O microscópio!
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Introdução
A origem do microscópio
Os primeiros
microscópios eram limitados a uma ampliação de apenas uma lente, sendo
construídos na metade do século XV e o utilizavam para analisar os insetos.
Porem, nesta época havia uma grande dificuldade para se produzir vidro puro, as
lentes distorciam as imagens e contornavam-nas com halos e espectros de cores.
Em 1590, o holandês Hans Jansen e seu filho Zacharias, planejaram o primeiro
microscópio, composto por uma lente côncava (na época utilizada por lunetas) e
por uma objectiva de lente convexa, sendo assim, o microscópio começou a ser
utilizado para observar os fios e depois passara a examinar a anatomia dos
menores animais conhecidos até então. Aos poucos, ele convenceu comunidades
cientificas bastante cépticas que a teoria da geração espontânea, ou seja, os
organismos vivos podem originar da matéria inanimada era uma grande falha. O
microscópio simples constituía de uma lente ou lupa ao seu nível mais alto e
conseguia um aumento de 300 vezes. Contudo, com o desenvolvimento do telescópio
surgiu o microscópio composto, constituído por uma lente objetiva e uma ocular,
no mínimo. Os anos 1650 e 1750 são considerados os anos do desenvolvimento
mecânico do microscópio já que em 1665, surgiu o microscópio de Hooke,
protótipo do microscópio moderno pela sua ligação com a micrografia. Já o
microscópio de Cuff foi uma revolução para época, pois ele utilizou ao invés de
madeira e couro, metal e reúne pela primeira vez um parafuso para focalização,
platina para amostras, espelho para luz transmitida e refletida. Porem, a
qualidade ótica dos microscópios não acompanhou o desenvolvimento mecânico
existindo grandes problemas com o cromatismo, fornecia uma pequena imagem
focalizada envolta por um halo colorido o que inviabilizava o estudo de
detalhes. Entre 1800 e 1900, fora colocada maturação ótica no microscópio.
Euler desenvolveu a teoria da correção cromática fazendo assim com que
surgissem as primeiras tentativas de lentes acromáticas. Chegou-se a
contestação de que aumentos cada vez maiores só dependeriam da perfeição da
lente já que os estudos de Abbe mostraram que havia uma limitação básica para a
resolução de um sistema ótico relacionado ao diâmetro da lente e do comprimento
da onda de luz. Estes estudos resultaram nas lentes apocromáticas que ofereciam
padrões de qualidade inexistentes depois também de ter seguido a sugestão de J.W.Stephenson
projetando assim a primeira lente de grande aumento de imersão a óleo.
Zacharias Jansen |
Os princípios da microscopia
O
aumento que tanto impressiona o usuário ocasional de microscopia, não é o
parâmetro mais importante a considerar. Parece-nos, à primeira vista, que se
dispusessemos de instrumentos perfeitos poderíamos examinar uma amostra com
aumentos cada vez maiores, e perceber detalhes cada vez menores, até distinguir
os átomos, ou quem sabe, as partículas que os compõem.
Não é isto o que ocorre: existe uma limitação física, relacionada com a radiação utilizada, para a menor distância entre dois pontos que permite distingui-los separadamente. A esta distancia chama-se ‘’limite de resolução’’, e um aumento maior não revelará nenhum detalhe adicional da estrutura.
O
elemento fundamental para a formação de uma imagem ampliada é a lente. Seu
entendimento básico é pela chamada ótica geométrica, onde consideramos a luz
como constituida de raios, que obedecem às leis da reflexão e da refração. As
lentes comuns, baseadas em elementos esféricos, são no entanto sujeitas a
defeitos que independem da qualidade de sua fabricação, denominados de
aberrações. Dentre estas, as mais importantes são a aberração esférica e a
aberração cromática. A aberração esférica determina que raios axiais que
atravessam a lente próximos de seu eixo ótico são focalizadas em um ponto
diferente daquele dos raios que passam pela periferia. Este defeito é inerente
a uma lente esférica, e para uma lente isolada, só pode ser minimizado através
da diminuição de seu diâmetro, ou seja, utilizando apenas raios paraxiais. A
aberração cromática refere-se ao comportamento com luz branca, que, como
sabemos, é constituida da soma de todas as cores do espectro luminoso. A
distância focal de uma lente depende da cor da luz; e portanto raios de cores
diferentes serão focalizados em pontos diferentes.
Estes
defeitos se agravam à medida que usamos uma lente mais "forte", ou
seja, com maiores aumentos. Foi com o objetivo de minimizar esta dificuldade
que surgiu o microscópio composto, onde, pelo aumento sucessivo de duas lentes,
obtemos o mesmo aumento atingido por uma só lupa. A qualidade da imagem
fornecida pelo conjunto, por exemplo, de 5 X x 10 X será muito melhor do que a
obtida por uma lente de 50 X. Estas aberrações podem ser largamente controladas
caso utilizemos, ao invés de lentes simples, combinações de lentes de diversos
perfís e com vidros de diferentes índices de refração. Da mesma maneira que em
fotografia, dispomos para microscopia de lentes com complexidade, preço e
qualidade crescentes. Os mais importantes avanços foram obtidos no século XIX,
com as lentes acromáticas e apocromáticas.
Existe
outro comportamento da luz que não pode ser interpretado pelas leis da ótica
geométrica: é a difração, que exige que consideremos a luz como constituída de
ondas transversais que se propagam no espaço.
Durante
o século XIX , procurou-se aumentar o poder de resolução das lentes e dos
microscópios pela construção de lentes cada vez mais perfeitas, na suposição de
que isto levaria a aumentos crescentes, e supostamente, ilimitados.
Em
1880, Abbe demonstrou que na verdade a resolução de uma lente era limitada por
difração, dependendo de sua abertura e do comprimento de onda da luz, segundo:
d =
0.61 l / n . sen a
onde l
é o comprimento de onda da luz, n o índice de refração do meio, e a o ângulo de
abertura da lente. Este resultado pode ser considerado um dos mais importantes,
senão a fórmula fundamental da microscopia.
Para que haja formação de uma imagem,
precisamos também de‘’contraste’’. Denominamos de contraste a capacidade de
distinguir traços característicos da estrutura sobre o plano de fundo. Citando
Veríssimo, não podemos vem com clareza um‘’gato branco em campo de neve’’. Além
da simples absorção ou reflexão de energia pela amostra, existem vários outros
mecanismos de geração de contraste em microscopia.
Claro que tudo o que vimos até agora resulta da interação entre a luz, objetos e lentes, e portanto, com a matéria. No entanto, costuma-se estudar esta interação de maneira mais geral, analizando o efeito de todo o espectro eletromagnético sobre a matéria; e por razões que se tornarão aparentes mais adiante, incluimos nest análise o efeito de um feixe de elétrons.
De
um modo geral, uma excitação incidente desencadeará na matéria uma resposta,
dita um sinal, que podemos adquirir por um sensor adequado. No caso especial de
ocorrer a excitação por um feixe de elétrons acelerados, verifica-se a
ocorrencia de múltiplos sinais.
Dois exemplos são bem conhecidos por todos: a imagem luminosa de um tubo de televisão e a radiação emanante de um tubo de raio-x.
Não é isto o que ocorre: existe uma limitação física, relacionada com a radiação utilizada, para a menor distância entre dois pontos que permite distingui-los separadamente. A esta distancia chama-se ‘’limite de resolução’’, e um aumento maior não revelará nenhum detalhe adicional da estrutura.
Claro que tudo o que vimos até agora resulta da interação entre a luz, objetos e lentes, e portanto, com a matéria. No entanto, costuma-se estudar esta interação de maneira mais geral, analizando o efeito de todo o espectro eletromagnético sobre a matéria; e por razões que se tornarão aparentes mais adiante, incluimos nest análise o efeito de um feixe de elétrons.
Dois exemplos são bem conhecidos por todos: a imagem luminosa de um tubo de televisão e a radiação emanante de um tubo de raio-x.
O microscópio na citologia
A citologia
(estudo das células) depende do microscópio para observar as células, pois são
tão pequenas que não podem ser vistas sem o auxílio de instrumentos ópticos de
ampliação. Através do uso do microscópio, Robert Hooke descreveu inúmeras
observações. Em 1665, publicou um livro chamado Micrographia, com todas as
observações feitas por ele. Neste livro, a principal descoberta é a cortiça,
material que constitui a casca de certas árvores da Europa. Observando fatias
finas de cortiça, Hooke descobriu que esse material tem densidade baixa por ser
constituído de caixinhas microscópicas vazias. O cientista chamou cada caixinha
de cell, em inglês, cela. Essa denominação originou o nome célula, em
português. Alguns pesquisadores passaram a estudar as plantas e os animais. Foi
constatado um material gelatinoso, que constituiu o citoplasma das células. Em
1833, Robert Brown constatou que a grande maioria das células tinha uma
estrutura interna esférica, batizada de núcleo. Descobriram também a existência
da membrana plasmática em células animas e vegetais e a parede celular nas
vegetais. Após o avanço da tecnologia, conclui-se que todas as plantas e
animais tinham células. Essa generalização ficou conhecida como teoria celular:
A formulação da teoria celular fez aumentar o interesse dos cientistas pela
microbiologia e os processos vitais da célula começaram a ser estudados. Forma
descobertos organismos unicelulares e concluiu-se que uma célula tem que
desempenhar determinadas atividades características dos seres vivos, como se
alimentas, obter energia e reproduzir-se. O desenvolvimento do microscópio
eletrônico permitiu o estudo dos vírus podendo chegar a conclusão que este tipo
de ser vivo não se compõe de células. Para se reproduzirem, os vírus precisam
invadir uma célula viva e utilizar sua matéria-prima e energia. Essa
constatação confirmou que as atividades essências a vida sempre ocorrem no
interior das células vivas.
Conclusão
Como podemos
observar, a utilização do microscópio é importante para o mundo atual,
utilizando-se em pesquisas, descobertas e etc.. Sem ele, a medicina não se
desenvolveria, já que não haveria meios de analisar e estudar células
microscópicas, de criar vacinas, antibióticos. Através desse meio, foi possível
que cientistas encontrassem a inibição de doenças.
Hoje, existem dois tipos de microscópio: O microscópio eletrônico que possui uma serie de lentes multicoloridas e ultravioletas capazes de enxergar estruturas pequenas por meio da luz. Já o eletrônico, através de um feixe de elétrons emitido por um filamento de tungstênio, passa por um campo eletromagnético que o concentra sobre o objeto podendo ser analisado dentro de uma câmara de vácuo, para que os elétrons não sofram desvios pelas moléculas no ar, depois de atravessar o objeto, os elétrons assim passam por outros campos eletromagnéticos ampliando e projetando a imagem sobre uma tela fluorescente.
Hoje, existem dois tipos de microscópio: O microscópio eletrônico que possui uma serie de lentes multicoloridas e ultravioletas capazes de enxergar estruturas pequenas por meio da luz. Já o eletrônico, através de um feixe de elétrons emitido por um filamento de tungstênio, passa por um campo eletromagnético que o concentra sobre o objeto podendo ser analisado dentro de uma câmara de vácuo, para que os elétrons não sofram desvios pelas moléculas no ar, depois de atravessar o objeto, os elétrons assim passam por outros campos eletromagnéticos ampliando e projetando a imagem sobre uma tela fluorescente.
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